Modelo de Recurso especial administrativo. Conselho de Recursos do Seguro Social (CRSS). Aposentadoria por tempo de contribuição. Conversão de tempo de serviço especial em comum. Ferroviário. Marceneiro

Última atualização: 18 de março de 2019

O recurso especial visa a concessão de aposentadoria por tempo de contribuição ao segurado. São apresentados os seguintes argumentos: 1. O CRPS não está vinculado à Instrução Normativa do INSS, devendo observar os precedentes judiciais vinculantes. 2. O INSS tem o dever de fiscalizar as empresas e complementar a prova da atividade especial do segurado. 3. São detalhados diversos períodos de trabalho em que o recorrente alega ter exercido atividade especial, com exposição a agentes nocivos como ruído e agentes químicos. 4. Para alguns períodos, solicita-se que o INSS emita exigências às empresas para apresentação de PPP completo e laudos técnicos. 5. Requer-se a realização de inspeção em algumas empresas para confirmar informações dos PPPs. 6. Pede-se o desconto da complementação de contribuições devidas do benefício a ser concedido. 7. Solicita-se a reafirmação da DER caso necessário para aquisição do direito. 8. Ao final, requer-se a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição a partir da DER ou data posterior em que preenchidos os requisitos.

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Veja os planos

ILUSTRÍSSIMOS(AS) SENHORES(AS) CONSELHEIROS(AS) DA CÂMARA DE JULGAMENTO DO CONSELHO DE RECURSOS DO SEGURO SOCIAL

NB 42/${informacao_generica}

 

${cliente_nomecompleto}, já qualificado nos autos do presente processo administrativo, vem, respeitosamente, por meio dos seus procuradores, interpor

RECURSO ESPECIAL

com fulcro no art. 538 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 77/2015. Nessa conformidade, requer que o presente recurso seja encaminhado, imediatamente, ao Serviço e à Seção de Reconhecimento de Direitos das Gerências-Executivas para que o INSS apresente contrarrazões, conforme disposto no § 3º do art. 540 da IN 77/2015. Após, requer sejam encaminhados os autos à Câmara de Julgamento do Conselho de Recursos do Seguro Social.

 

Termos em que,

Pede deferimento.

 

${processo_cidade}, ${processo_hoje}.

 

${advogado_assinatura}

RECURSO ESPECIAL

Recorrente: ${cliente_nomecompleto}

Recorridos: Instituto Nacional do Seguro Social

Endereço para correspondência: ${informacao_generica}

Colenda Câmara

                            Ilustres Conselheiros

 

No dia ${data_generica}, o Recorrente elaborou requerimento de aposentadoria por tempo de contribuição, com conversão de tempo de serviço especial em comum, a partir do reconhecimento da especialidade dos períodos contributivos compreendidos entre ${data_generica} a ${data_generica}.

Os formulários de atividades especiais apresentados não foram aceitos para enquadramento pelo INSS, bem como não foram computadas as contribuições para efeito de tempo de serviço nas competências de ${data_generica}, tendo em vista que vertidas na alíquota de 11% do salário mínimo.

Ainda, em alguns períodos não foram apresentados os formulários exigidos, uma vez que houve recusa por parte de algumas empresas em que o Recorrente laborou. Consequentemente, o benefício foi indeferido.

Irresignado, o Sr. ${cliente_nome} interpôs recurso ordinário junto a Junta de Recursos da Previdência Social. Todavia, o órgão recursal negou provimento ao recurso sob a justificativa de que não se converte o tempo de serviço como especial, quando não há documentos que informem o exercício de atividade especial e que devem ser juntados pelo requerente.

Sucede que a decisão proferida em relação a especialidade nos lapsos requeridos não merece prosperar, sobretudo considerando a natureza do ofício desempenhado pelo Segurado e os agentes nocivos aos quais estava exposto. Sendo assim, passa-se à análise detalhada das atividades especiais desenvolvidas, bem como das razões pelas quais a decisão deve ser revista.

Razões Recursais

DA AUTONOMIA DE JULGAMENTO DO CONSELHO DE RECURSOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

 Não vinculação à Instrução Normativa

Importante relembrar que no âmbito da análise dos recursos administrativo, o Conselho de Recursos da Previdência Social possui autonomia, tanto institucional quanto jurídica para proferir suas decisões.

Isto, pois o CRPS é órgão julgador formado por representantes do governo, trabalhadores e empresas, não possuindo nenhuma subordinação ou hierarquia com o Instituto Nacional do Seguro Social. Prova disto pode ser vista no próprio regimento interno do tribunal administrativo (PORTARIA Nº 548/2011). Veja-se, à título exemplificativo que o art. 33 do referido regimento expõe que a CRPS é livre para admitir ou não os recursos, não podendo o INSS intervir neste processo:

 

Art. 33. Admitir ou não o recurso é prerrogativa do CRPS, sendo vedado a qualquer órgão do INSS recusar o seu recebimento ou sustar-lhe o andamento, exceto nas hipóteses expressamente disciplinadas neste Regimento.

Nesse sentido, não havendo subordinação do CRPS ao INSS, não é lógico que a Instrução Normativa (editada pelo Presidente do INSS) vincule o CRPS!

Corroborando com esta ideia, a lição de Mauss e Triches[1]:

 

 Os julgadores do CRPS têm a possibilidade de rever a decisão do INSS usando o princípio do livre convencimento das provas e fundamentando sua análise no regulamento interno, na legislação vigente e, também, na jurisprudência dos tribunais. A interpretação dos fatos e da legislação, nesse momento, é ampla e aberta a novas ideias.

Ademais, sempre importante gizar que INSTRUÇÃO NORMATIVA NÃO É LEI, e, portanto a Administração Pública não está vinculada a ela (art. 37, caput, CF/88). O princípio da legalidade exige que o CRPS se atenha ao disposto na lei, esta compreendida como o produto do consenso político produzido no âmbito do Poder Legislativo. Do contrário, o INSS estaria usurpando a competência do Congresso Nacional, violando o art. 2º da Constituição.

Aliás, também se estaria diante de uma incongruência se a Instrução Normativa fosse vinculativa, se o CRPS entendesse que a IN violasse a legislação ordinária (o que por diversas vezes vem a ocorrer), o CRPS deixaria de aplicar a LEI em detrimento de Instrução Normativa (violando o princípio da legalidade). Nessa senda, verifica-se que não é aceitável que a legislação previdenciária votada pelo Congresso Nacional (que detêm a legitimidade do voto popular) tenha normatividade reduzida em face de ato unilateral da autarquia previdenciária.

Ademais, nos termos do art. 15 do códex referido, as disposições do Código de Processo Civil serão aplicadas supletiva e subsidiariamente nos processos administrativos. Aliado a isso, a IN 77/2015 traz a seguinte previsão normativa:

 

Art. 659. Nos processos administrativos previdenciários serão observados, entre outros, os seguintes preceitos:

[...]

II - atua&cce

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