Modelo de Recurso Administrativo. Aposentadoria por tempo de contribuição. Atividade especial em empresa falida mas não baixada no CNPJ. Possibilidade de justificação administrativa.

Última atualização: 22 de setembro de 2022

O recurso ordinário apresentado pelo cliente solicita a revisão da decisão que indeferiu seu pedido de aposentadoria por tempo de contribuição. O recorrente alega ter exercido atividade especial como motorista de caminhão entre datas específicas, enquadrada como penosa pelo Decreto 53.831/64. Devido à extinção da empresa empregadora, solicita justificação administrativa ou pesquisa externa para comprovar o trabalho em condições especiais. Apresenta documentos como CTPS, CNH e cadastros que evidenciam a correlação entre a atividade da empresa e sua função. Argumenta que a situação ativa do CNPJ não deve impedir o deferimento do pedido, pois há outros documentos que demonstram a inaptidão da empresa. Requer o reconhecimento do tempo de serviço especial, a concessão da aposentadoria e, subsidiariamente, a reafirmação da DER para data posterior caso necessário.

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ILUSTRÍSSIMOS SENHORES CONSELHEIROS DA JUNTA DE RECURSOS DO CONSELHO DE RECURSOS DO SEGURO SOCIAL

NB ${informacao_generica}

 

${cliente_nomecompleto}, ${cliente_qualificacao}, residente e domiciliado em ${processo_cidade}, vem, por meio de seus procuradores, com fulcro no art. 578 da IN 128/2022, interpor o presente RECURSO ORDINÁRIO:

 

O Recorrente, no dia ${data_generica}, elaborou requerimento de aposentadoria por tempo de contribuição, com conversão de tempo de serviço especial em comum, a partir do reconhecimento da especialidade do período contributivo entre ${data_generica} e ${data_generica}.

Entretanto, em razão do indeferimento do pedido de justificação administrativa, não foi reconhecida a atividade especial, e, consequentemente, o benefício foi indeferido (fl. ${informacao_generica}).

Sendo assim, passa-se à análise detalhada da atividade especial desenvolvida, bem como das razões pelas quais a decisão deve ser revista.

 

Período: ${data_generica} a ${data_generica}

Empresa: ${informacao_generica}

Cargo: Motorista

Até 28 de abril de 1995, a comprovação da atividade especial era feita com o enquadramento por atividade profissional – situação em que havia presunção de submissão a agentes nocivos.

Nesse cerne, conforme consta no Decreto 53.831/64, item 2.4.4, a atividade de motorista de caminhão é classificada como penosa, exigindo 25 anos de serviço para aquisição do direito a aposentadoria especial.

Quanto ao enquadramento por categoria profissional, assim dispõe a IN 128/2022 do INSS:

 

Art. 274. Para caracterizar o exercício de atividade em condições especiais que prejudiquem a saúde, o segurado empregado ou o trabalhador avulso deverão apresentar os seguintes documentos:

I - para períodos laborados até 28 de abril de 1995, véspera da publicação da Lei nº 9.032:

a) para períodos enquadráveis por categoria profissional:

1. Carteira Profissional - CP - ou Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, ficha ou livro de registro de empregado, no caso do segurado empregado, e certificado do OGMO ou sindicato da categoria acompanhado de documento contemporâneo que comprove o exercício de atividade, no caso do trabalhador avulso; ou 

(...)

§ 1º Para períodos laborados até 28 de abril de 1995, não será exigida a apresentação dos formulários indicados nas alíneas "a" e "b" do inciso I do caput, quando o enquadramento ocorrer por categoria profissional, nos casos em que não for necessária nenhuma outra informação sobre a atividade exercida, além da constante na CTPS para realização do enquadramento.

Diante da análise da Instrução Normativa supratranscrita, tem-se que, para o reconhecimento do tempo de atividade especial, além de restar enquadrado de acordo com as prescrições do Decreto 53.831/64 ou 83.080/79, o segurado deve apresentar formulário de reconhecimento de períodos laborados em condições especiais, mais CTPS ou ficha/livro de registro do empregado.

Ocorre que tais exigências são evidentemente inviáveis de serem atendidas quando se tratar de empresas extintas, razão pela qual, para tal situação, foi prevista a possibilidade de justificação administrativa. Sobre a justificação administrativa, tem-se que[1]:

 

O processamento de JA não será admitido em apenas um caso: para comprovação de fatos que apenas podem ser confirmados por registro público, tais como

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