Modelo de Recurso administrativo. Aposentadoria por tempo de contribuição. Atividade especial. Oleiro. Serviços gerais em indústria metalúrgica. Torneiro mecânico. Vigilante

Última atualização: 30 de março de 2023

O recurso contesta a negativa de aposentadoria por tempo de contribuição, solicitando o reconhecimento de períodos de atividade especial não considerados pelo INSS. São requeridos: 1. Enquadramento como especial do período de 1977 a 1980 como oleiro, por categoria profissional. 2. Análise da especialidade dos períodos de 1980 a 1983 e 1983 a 1989 como serviços gerais e torneiro mecânico, com exposição a ruído e agentes químicos. 3. Reconhecimento da atividade especial de torneiro mecânico de 1989 a 1995 por categoria profissional. 4. Enquadramento como especial dos períodos de 1995 a 2015 como vigilante, por exposição a periculosidade. 5. Realização de diligências pelo INSS para obtenção de documentos junto às empresas. 6. Reafirmação da DER caso necessário. O recorrente alega ter cumprido os requisitos para aposentadoria, considerando a conversão do tempo especial. Subsidiariamente, requer pesquisas externas, emissão de ofícios e justificação administrativa para comprovar a especialidade dos períodos não reconhecidos.

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ILUSTRÍSSIMOS(AS) SENHORES(AS) CONSELHEIROS(AS) DA JUNTA DE RECURSOS DO CONSELHO DE RECURSOS DO SEGURO SOCIAL

 

NB 42/${informacao_generica}

 

${cliente_nomecompleto}, ${cliente_qualificacao}, vem, por meio de seus procuradores, com fulcro no art. 537 da IN 77/2015, interpor o presente RECURSO ORDINÁRIO, pelos fundamentos a seguir expostos:

 

O Recorrente, no dia ${data_generica}, elaborou requerimento de aposentadoria por tempo de contribuição com conversão de tempo especial em comum, a partir do reconhecimento da especialidade dos períodos contributivos compreendidos entre ${data_generica} a ${data_generica}, nos quais exerceu as atividades de oleiro, serviços gerais em indústria mecânica e metalúrgica, torneiro mecânico e vigilante.

No presente caso, a autarquia previdenciária apenas analisou a atividade especial desenvolvida nos interregnos de ${data_generica} a ${data_generica}. No ponto, o perito do INSS deixou de realizar o enquadramento por categoria profissional do período em que o Segurado trabalhou como oleiro sob a justificativa de que o PPP apresentado não contém elementos para comprovação da efetiva exposição aos agentes nocivos contemplados na legislação.

Assim, somente foi reconhecida a especialidade no período de ${data_generica} a ${data_generica}. Além disso, a autarquia previdenciária ignorou o fato do Sr. ${cliente_nome} ter comprovado que tentou inúmeras vezes conseguir formulários PPPs das demais empresas, motivo pelo qual sequer procedeu à realização de eventual diligência.

Tais decisões motivam o presente recurso.

DA AUTONOMIA DE JULGAMENTO DO CONSELHO DE RECURSOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

 

Não vinculação à Instrução Normativa

Importante relembrar que no âmbito da análise dos recursos administrativo, o Conselho de Recursos da Previdência Social possui autonomia, tanto institucional quanto jurídica para proferir suas decisões.

Isto, pois o CRPS é órgão julgador formado por representantes do governo, trabalhadores e empresas, não possuindo nenhuma subordinação ou hierarquia com o Instituto Nacional do Seguro Social. Prova disto pode ser vista no próprio regimento interno do tribunal administrativo (PORTARIA Nº 548/2011). Veja-se, à título exemplificativo que o art. 33 do referido regimento expõe que a CRPS é livre para admitir ou não os recursos, não podendo o INSS intervir neste processo:

 

Art. 33. Admitir ou não o recurso é prerrogativa do CRPS, sendo vedado a qualquer órgão do INSS recusar o seu recebimento ou sustar-lhe o andamento, exceto nas hipóteses expressamente disciplinadas neste Regimento.

Nesse sentido, não havendo subordinação do CRPS ao INSS, não é lógico que a Instrução Normativa (editada pelo Presidente do INSS) vincule o CRPS!

Corroborando com esta ideia, a lição de Mauss e Triches[1]:

 

Os julgadores do CRPS têm a possibilidade de rever a decisão do INSS usando o princípio do livre convencimento das provas e fundamentando sua análise no regulamento interno, na legislação vigente e, também, na jurisprudência dos tribunais. A interpretação dos fatos e da legislação, nesse momento, é ampla e aberta a novas ideias.

Ademais, sempre importante gizar que INSTRUÇÃO NORMATIVA NÃO É LEI, e, portanto a Administração Pública não está vinculada a ela (art. 37, caput, CF/88). O princípio da legalidade exige que o CRPS se atenha ao disposto na lei, esta compreendida como o produto do consenso político produzido no âmbito do Poder Legislativo. Do contrário, o INSS estaria usurpando a competência do Congresso Nacional, violando o art. 2º da Constituição.

Aliás, também se estaria diante de uma incongruência se a Instrução Normativa fosse vinculativa, se o CRPS entendesse que a IN violasse a legislação ordinária (o que por diversas vezes vem a ocorrer), o CRPS deixaria de aplicar a LEI em detrimento de Instrução Normativa (violando o princípio da legalidade). Nessa senda, verifica-se que não é aceitável que a legislação previdenciária votada pelo Congresso Nacional (que detêm a legitimidade do voto popular) tenha normatividade reduzida em face de ato unilateral da autarquia previdenciária.

Ademais, nos termos do art. 15 do códex referido, as disposições do Código de Processo Civil serão aplicadas supletiva e subsidiariamente nos processos administrativos. Aliado a isso, a IN 77/2015 traz a seguinte previsão normativa:

 

Art. 659. Nos processos administrativos previdenciários serão observados, entre outros, os seguintes preceitos:

[...]

II - atuação conforme a LEI e o DIREITO;

Portanto, diante do exposto, verifica-se que o CRPS não está vinculado à Instrução Normativa (em especial à IN nº 77/2015).

 

 

Dever de observação aos precedentes vinculantes

 

Além de não haver vinculação do julgamento com o que d

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