Modelo de Recurso administrativo. Aposentadoria especial. Serviços gerais em indústria de refrigerantes. Ruído

Última atualização: 15 de novembro de 2022

O recurso contesta a negativa do INSS em conceder aposentadoria especial ao segurado. Argumenta-se que o INSS desconsiderou indevidamente períodos de trabalho em condições especiais, como exposição a agentes nocivos (umidade, bactérias, fungos, óleos, graxas, ruído etc). Alega-se que o Conselho de Recursos não está vinculado à Instrução Normativa do INSS, devendo observar os precedentes judiciais vinculantes. Solicita-se o reconhecimento da especialidade dos períodos de ${data_generica} a ${data_generica}, inclusive um período em empresa baixada. Requer-se a realização de diligências pelo INSS para obter documentos faltantes. Pleiteia-se a concessão da aposentadoria especial ou, subsidiariamente, a conversão do tempo especial em comum. Por fim, argumenta-se pela inconstitucionalidade da exigência de afastamento da atividade especial após a concessão do benefício.

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ILUSTRÍSSIMOS SENHORES CONSELHEIROS DA JUNTA DE RECURSOS DO CONSELHO DE RECURSOS DO SEGURO SOCIAL

NB 46/${informacao_generica}

${cliente_nomecompleto}, ${cliente_qualificacao}, residente e domiciliado em ${processo_cidade}, vem, por meio de seus procuradores, com fulcro no art. 578 da IN 128/2022, interpor o presente RECURSO ORDINÁRIO:

 

No dia ${data_generica}, o Recorrente elaborou requerimento de aposentadoria especial, a partir do reconhecimento da especialidade dos períodos contributivos compreendidos entre ${data_generica} a ${data_generica}.

No presente caso, a autarquia previdenciária reconheceu a especialidade apenas do interregno de ${data_generica} a ${data_generica}, no qual o Sr. ${cliente_nome} laborou como lavador. Por sua vez, quanto ao lapso de ${data_generica} a ${data_generica}, o INSS sustentou que inexiste comprovação aos agentes constantes no PPP de forma habitual e permanente, não há quantificação dos níveis de calor, as medidas até 90 dB(A) interrompem a exposição aos níveis de ruído a partir de ${data_generica} a ${data_generica}, que 85 dB(A) interrompem a exposição aos níveis de ruído a partir de ${data_generica}, dentre outros motivos que não merecem prosperar.

Além disso, denota-se que o INSS deixou de considerar que a empresa ${informacao_generica} encontra-se BAIXADA – lapso de ${data_generica} a ${data_generica}.

Com efeito, verifica-se que o INSS optou por desconsiderar as provas apresentadas, bem como desrespeitou entendimento pacificado pelos tribunais especializados na matéria.

Sendo assim, passa-se à análise detalhada das atividades especiais desenvolvidas, bem como das razões pelas quais a decisão deve ser revista.

DA AUTONOMIA DE JULGAMENTO DO CONSELHO DE RECURSOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

 Não vinculação à Instrução Normativa

Importante relembrar que no âmbito da análise dos recursos administrativo, o Conselho de Recursos da Previdência Social possui autonomia, tanto institucional quanto jurídica para proferir suas decisões.

Isto, pois o CRPS é órgão julgador formado por representantes do governo, trabalhadores e empresas, não possuindo nenhuma subordinação ou hierarquia com o Instituto Nacional do Seguro Social. Prova disto pode ser vista no próprio regimento interno do tribunal administrativo (PORTARIA Nº 548/2011). Veja-se, à título exemplificativo que o art. 33 do referido regimento expõe que a CRPS é livre para admitir ou não os recursos, não podendo o INSS intervir neste processo:

 

Art. 33. Admitir ou não o recurso é prerrogativa do CRPS, sendo vedado a qualquer órgão do INSS recusar o seu recebimento ou sustar-lhe o andamento, exceto nas hipóteses expressamente disciplinadas neste Regimento.

Nesse sentido, não havendo subordinação do CRPS ao INSS, não é lógico que a Instrução Normativa (editada pelo Presidente do INSS) vincule o CRPS!

Corroborando com esta ideia, a lição de Mauss e Triches[1]:

 

 Os julgadores do CRPS têm a possibilidade de rever a decisão do INSS usando o princípio do livre convencimento das provas e fundamentando sua análise no regulamento interno, na legislação vigente e, também, na jurisprudência dos tribunais. A interpretação dos fatos e da legislação, nesse momento, é ampla e aberta a novas ideias.

Ademais, sempre importante gizar que INSTRUÇÃO NORMATIVA NÃO É LEI, e, portanto a Administração Pública não está vinculada a ela (art. 37, caput, CF/88). O princípio da legalidade exige que o CRPS se atenha ao disposto na lei, esta compreendida como o produto do consenso político produzido no âmbito do Poder Legislativo. Do contrário, o INSS estaria usurpando a competência do Congresso Nacional, violando o art. 2º da Constituição.

Aliás, também se estaria diante de uma incongruência se a Instrução Normativa fosse vinculativa, se o CRPS entendesse que a IN violasse

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